Descubra as 20 lições definitivas do esporte para impulsionar o crescimento de sua carreira como Líder ou Profissional individual

Esporte & Sucesso!

O esporte é um verdadeiro e poderoso professor! Seja o de nível amador, em que o atleta tem foco mais voltado para o lazer e saúde, ou o competitivo de alto rendimento, ele oferece valiosas práticas, comportamentos e competências para líderes, para qualquer profissional que queira construir uma carreira de sucesso e alta performance e para o crescimento pessoal.

Particularmente, com intensidade ora aumentando ora diminuindo por diversas razões, o esporte sempre foi parte importante de minha vida.

Na infância, adolescência e início da vida adulta, quando fazia de tudo – vôlei de quadra e praia, futebol em terrenos baldios, ruas e praia, futevôlei, bicicross, mountain bike e sonrisal (lançamento de tábua de madeira e deslizamento nas lâminas d´água formadas pelas ondas quando chegavam na beira da praia), entre outros – a motivação era o simples prazer e diversão. Após os 25 anos, fui para as corridas de rua, visando mais o controle de peso para manter uma aparência física que me fosse agradável. Nos anos iniciais da vida corporativa, veio um declínio das atividades esportivas e, por outro lado, ascensão das etílicas. Em dado momento, com os diagnósticos de minhas doenças autoimunes, a busca por tudo o que pudesse me ajudar com a saúde foi meu grande motor para uma retomada das corridas. E hoje em dia, o esporte segue sendo para mim um complemento fundamental para meus tratamentos médicos formais e, como na infância e adolescência, algo que me dá enorme prazer! A figura a seguir mostra a intensidade com que pratiquei esporte ao longo dos meus 50 anos de idade, em uma escala 1-10 simples ilustrativa.

Curiosamente, foi apenas há poucos anos que percebi o impacto muito mais profundo do esporte em diversas áreas da minha vida pessoal e profissional, com benefícios que vão muito além dos motivos que conscientemente me levaram a praticá-lo nas diferentes fases que vivi, conforme citado acima – diversão, saúde, prazer e estética corporal.

Porque o esporte não é um mestre teórico. Ao praticá-lo, ele nos forja em uma série de elementos de enorme relevância para o trabalho, seja você um líder ou colaborador parte de uma equipe, e para a vida pessoal em lutas no campo da saúde e outros, bem como na realização de grandes projetos!

Vamos lá!

A seguir, a lista de 20 notáveis ensinamentos que o esporte nos traz! Veja, eles são, como diz a expressão em língua inglesa, “game changers”, isto é, mudam o jogo, no sentido de crescimento, sucesso e vitórias, pessoais e profissionais!

1. Definição de objetivos: As provas e torneios mais importantes requerem uma preparação extensa e são as metas de longo prazo. Antes delas serão definidas outras provas intermediárias, para fins de teste, adaptação, treino e ganho de maturidade do atleta. Essas são os objetivos de curto e médio prazos. O líder empresarial precisa de metas claras para si e para seu time. Do ponto de vista individual, os profissionais também precisam delas na perspectiva de construção de uma carreira de sucesso!

2. Organização e Planejamento: o atleta que leva os esportes a sério vai ter um plano com definição dos treinos e de toda a preparação que precisará para estar em condições de realizar seus objetivos. E não bastam os planos com as atividades esportivas, é necessária uma completa organização da agenda pessoal para acomodar também o trabalho, família etc. Líderes que não têm planejamento em seus times, definitivamente, não são produtivos! É preciso ter um “como” chegar nos objetivos muito bem pensado, pois só assim se terá uma operação eficiente!

3. Foco: é capacidade de se concentrar em uma tarefa ou objetivo específico, não dividindo sua capacidade de execução entre muitas coisas e não fazendo nenhuma delas direito. Você já viu um atleta de sucesso dedicado a vários esportes ao mesmo tempo? Por acaso, o ilustre Oscar, Mão Santa, treinava algo além do basquete? E o Senna, jogava futebol? Assim como no esporte, nem o líder pode deixar sua equipe se desviar de seu foco principal de atuação, e nem os profissionais na perspectiva individual, podem sair incorporando atividades e temas diversos em seu dia a dia e na construção de sua carreira, pois se o fizerem, vão se dar mal;

4. Disciplina: ter ótimos planos com ações e atividades super organizadas e detalhadas de nada serve se não houver a disciplina para realizá-los. A disciplina é o alicerce sem o qual nenhum planejamento funciona! Atletas são exímios cumpridores de planilhas, dietas e tudo mais que estiver em seu planejamento esportivo!  Na vida profissional, vale a mesma lógica! Seja o líder conduzindo seu time, seja o colaborador por si só, ambos precisam de foco e disciplina!

5. Dados, dados e dados: o esporte é modelo no que se refere à coleta, análise e uso eficiente dos dados para acompanhamento e ganho de performance, definição de treinos e execução de provas no máximo do rendimento. No triatlo, por exemplo, são comuns as medidas de braçadas e swolf (natação), pace, distância e elevação do percurso, velocidade, cadência, frequência cardíaca, VO2, efeito aeróbico/anaeróbico e potência, entre outros. Os softwares analisam toda essa informação (com inteligência artificial), e, em conjunto com o expertise do coach, traçam toda a rotina dos treinos e provas. Já o atleta quando realizando suas atividades, fica continuamente de olho nos dados em tempo real que o relógio e outros equipamentos fornecem, para não se exceder ou para saber se pode aumentar seu esforço. Os líderes precisam coletar dados de seus times com KPIs (key performance indicators), para verificar o andamento das entregas, nível de produtividade etc. Quanto mais forem os KPIs e mais aprofundadas forem as analíticas, mais os líderes poderão extrair insights poderosos para investir em ganhos de performance, tanto individualmente dos membros dos times como da equipe toda. Importante notar que é possível medir também características humanas como resiliência e otimismo, entre outras;

6. Autocuidado: para se ter performance e longevidade no esporte, o atleta cuida atentamente de si próprio. Alimentação equilibrada, sono, check-ups médicos periódicos e ingestão adequada de água devem estar presentes não apenas na rotina dos esportistas, mas de todos os profissionais!

7. Resiliência e adaptação: em meio às provas, o clima muda, de nublado para sol escaldante ou temporal, o pneu da bicicleta fura, o solado do tênis dá problema, vêm câimbras, dores musculares, desarranjos estomacais, quedas, choques entre atletas etc. E aí!? Para lidar com as incertezas e adversidades, que não são nada incomuns nos esportes, sobretudo nos endurances, os atletas desenvolvem resiliência e adaptabilidade incríveis, que lhes serão úteis em todas as demais áreas da vida, sobretudo no trabalho, onde imprevistos e situações críticas e de alta pressão surgem com frequência!

8. Gestão de dor e sofrimento: por exigir muito do corpo, muitas vezes levando-o ao limite, ou pelo surgimento de lesões repentinas, o atleta sempre lida com dores e sofrimento. Se durante os treinos, parar é o caminho provável, em provas, pelo ímpeto de concluí-las, o atleta vai seguir insistindo mesmo se estiver sendo um martírio! O abandono ocorre somente em casos extremos. Na empresa, quando surge um problemaço, a gente pode pular fora do barco? Não! Quando a pressão aumenta exponencialmente em poucos dias ou até horas, vamos sofrer e precisaremos gerenciar nossos medos e preocupações para poder raciocinar direito e agir para resolver a situação crítica;

9. Definição de estratégia: para todas as provas, sejam as diretas ou multimodalidades (decatlo, triatlo etc.) há sempre uma estratégia de atuação muito bem pensada! Numa corrida longa ou rasa, qual será a hora de acelerar, no triatlo, se vai economizar energia na bike para fazer uma boa corrida, ou como serão as transições etc. A definição da correta estratégia poderá ser a diferença entre a vitória e derrota em uma prova! No ambiente corporativo, estratégias eficazes são essenciais, seja para realizar atividades cotidianas, como persuadir colegas ou clientes em reuniões, seja para líderes impulsionarem o desenvolvimento de suas equipes, e até para delinear o futuro da empresa!

10. Aprender com falhas e momentos vividos: a retroalimentação para evitar recorrência de falhas ou para dar um passo a mais na performance, é a normalidade do meio esportivo. Quebrou numa prova... Por quê? Qual o erro que precisa ser corrigido? Se não foi um erro, mas sim uma condição adversa imprevista que afetou o desempenho... O que fazer da próxima vez? No esporte, essa pergunta será respondida com a revisão dos ocorridos e preparação ajustada para tal condição nas futuras competições! Nas organizações, é preciso ficar atento a processos pouco eficazes, falhas de execução, feedbacks de clientes etc. Desse modo, será possível aprender e tirar lições que não apenas impeçam a repetição de problemas, mas que levem a empresa ou times a novos patamares de produtividade e performance;

11. O poder da equipe e relacionamentos: no esporte individual ou de times, o atleta nunca caminha sozinho. Há equipes técnicas e de saúde envolvidas, há amigos, colegas, parceiros e familiares! Não existe possibilidade de se seguir adiante sozinho! No ambiente empresarial, do mesmo modo, sem relacionamentos transparentes, honestos e empatia, ninguém chega a lugar nenhum. Empresas são ambientes sistêmicos multidisciplinares e a conexão das pessoas é fundamental! Na ótica da construção de carreiras, ter bons relacionamentos na própria empresa e no mercado é ter um Ás nas mãos!

12. Respeito ao descanso: no esporte, há o descanso noturno com o sono e pausas ao longo do dia, há o descanso semanal de 1 dia sem atividades físicas e há as férias! Independentemente se você é um CEO, líder ou parte de um time, é importante que não abra mãos desses mesmos descansos! No esporte há até o ditado “descanso também é treino”, pois ele é necessário para a recuperação que vai gerar benefícios no retorno subsequente das atividades;

13. Diversidade de estímulos para melhor desenvolvimento: há muitas variações nos treinos (intervalado, longão, fartlek, progressivo, de tiros, indoor, outdoor etc.) e esses são complementados com sessões de fisioterapia e fortalecimento para impulsionar o desenvolvimento dos atletas de modo mais eficaz. Analogamente, no âmbito do trabalho, concentrar-se em uma única habilidade ou competência nunca levará à formação do melhor profissional. Além da sua expertise de especialização, é importante que você “treine” boa comunicação, trabalho em equipe, escuta ativa, persuasão e influência, agilidade cognitiva etc.

14. Coaches e Mentores: os coaches no esporte são os técnicos dos times e atletas. Na esfera empresarial, os coaches (os bons e sérios, porque, infelizmente, há muitos dissimulados no mercado) podem “treinar” profissionais em competências, facilitar autoconhecimento e fornecer insights e orientações precisas de carreira. Já os Mentores são as pessoas que têm conhecimento tácito, experiência prática relevante. No meio esportivo, os Mentores são atletas ou ex-atletas com anos de atuação nas modalidades específicas, enquanto nas empresas eles são os funcionários seniores, que têm extensa vivência no trabalho. Assim como os atletas buscam Mentores para se tornarem mais vencedores, os profissionais que quiserem crescer de forma mais assertiva e acelerada em suas carreiras devem procurá-los também!  

15. Autoconhecimento: esportistas investem pesado no seu autoconhecimento, incluindo para isso o apoio externo de sua equipe técnica e psicólogos. Desse modo, identificam seus pontos fracos e fortes, física e mentalmente. Com isso, definem com maestria estratégias para ganhar mais eficiência no que já são bons e melhorar nos aspectos em que têm os maiores gaps. Na esfera profissional, se o líder não souber onde está em relação a seu conjunto de competências de liderança, e se os profissionais em geral não se conhecerem bem, jamais poderão definir corretamente onde investir para impulsionar suas performances e alavancar suas carreiras!

16. Humildade: a falta de humildade trava carreiras! Afinal, quem gosta de jogar ou trabalhar com arrogantes!? A maioria dos atletas bem-sucedidos demonstra humildade em seu falar e certamente sempre o são em seus treinos, no sentido de se colocar em uma posição que sempre podem melhorar mais, mais e mais, nunca se assumindo como o suprassumo de seu esporte. A mesma lógica funciona para o trabalho. Um líder arrogante tem alto turnover em sua equipe. E seus pares não estarão muito dispostos a ajudá-lo. De modo geral, o profissional que não tem humildade, em se achando muito sábio em tudo que faz, nunca conseguirá evoluir;

17. Lifelong learning: este conceito se refere ao aprendizado contínuo e é muito presente no esporte, pois os atletas estão sempre buscando se autoconhecer melhor, bem como estudando e/ou buscando dicas novas sobre sua modalidade esportiva, para poderem estar sempre atualizados e evoluindo. No meio corporativo, costumo dizer que quem não investe em aprendizado contínuo, estudando por conta própria, buscando mentores, realizando treinamentos ou por outras maneiras, está fadado a “morrer” para o mercado, ficando defasado e trazendo sério risco de declínio à sua carreira. Sobretudo nos tempos atuais, com tantas mudanças ocorrendo, em tecnologias, geopolítica, mercados, meio ambiente e outras;

18. Regulação emocional: quando se está em um momento duro de um treino e, principalmente, de uma prova, é normal que as emoções aflorem e tragam desconfiança, ansiedade e medo. Os atletas buscam controlar essas emoções e trazer a cognição de volta, para conseguir administrar de forma racional os desafios à frente. Quando repentinamente surge uma situação muito crítica no trabalho, é preciso colocar em prática a regulação emocional, caso contrário, poder-se-á sair fazendo tudo às pressas e de forma muito longe da maneira mais eficiente;

19. Garra e determinação: o atleta quando está competindo, mesmo quando tudo parece não ir bem, ele consegue forças descomunais para seguir adiante! A demonstração de garra, determinação e superação no esporte é uma constante! É dessa forma que todo profissional deve encarar seu trabalho e sua atuação em momentos duros de situações críticas na empresa! O esporte ensina isso como ninguém! É o cair, ferir-se e levantar-se! E ir pra cima, sempre!

20. Lei do maior esforço: nos esportes, se não houver grande esforço e dedicação, não há progresso, não há alcance de objetivos e não há sucesso! Simples assim! Embora essa seja a lei mais básica da vida, aplicável ao trabalho, à construção de sua carreira e para tudo no campo pessoal, muitos se iludem com supostos atalhos milagrosos divulgados por certos influencers de redes sociais, livros de (má) autoajuda e falsos gurus. A vida real pede esforços! Dos primórdios da humanidade quando éramos nômades caçadores até hoje, isso nunca mudou!  

    
    

Além dessas lições fundamentais e de aplicação direta na esfera profissional, o esporte traz diversos outros benefícios que impactam super positivamente nossa capacidade produtiva e rendimento laboral. Ele aumenta nossa autoestima nos deixando mais confiantes e satisfeitos conosco mesmos, reduz ansiedade e estresse, gera o convívio social com grupos e ambientes distintos e mais leves do que aqueles dentro das organizações e cria uma energia motivacional que se translada para as demais áreas da vida!

Por tudo isso, hoje vejo como o esporte ajudou em toda a minha vida! Desde minha 1ª grande viagem solo mochilando pela Europa em 1995, colocada como objetivo 2 anos antes de realizá-la e planejada nos mínimos detalhes financeiros, passando por minhas realizações no meio acadêmico, pela construção da carreira corporativa e até as lutas e superação de meus graves problemas de saúde. Não tinha a clareza de que o esporte já me ensinava os 20 elementos aqui listados desde cedo na minha infância, mas foi isso que aconteceu na prática e que trouxe benefícios formidáveis!

Recomendo e incentivo a todos que façam alguma atividade física, algum esporte. Existe uma variedade imensa e há de haver algum que você goste. Saia da inércia e comece já! E se você tem filho(s) pequenos, veja o que interessa a ele(s). Faça testes em diferentes modalidades. Minha filha Nina, de 11 anos, fez natação por cerca de 5 anos, parando uns 2-3 anos atrás. Testou jazz, mas não gostou. Atualmente faz ginástica olímpica e circo. Dou uns rolês de bicicleta com ela nos fins de semana e... faço questão de servir de exemplo, mantendo minha rotina no triatlo e falando com ela sobre esportes constantemente. Além de ser bom para a saúde e ela se divertir, mesmo sem saber, já está na "escola" aprendendo todas as 20 lições que apresentei neste artigo!

Por fim, mesmo se você tiver pavor de todo e qualquer esporte, se definitivamente você não consegue encontrar prazer em nenhuma modalidade existente, ainda assim, se você quer se preparar melhor para crescer na vida, pratique esportes, não pelo gosto, mas pelo pragmatismo de poder um construir um portfólio de ferramentas que vai impulsionar seu desenvolvimento profissional e pessoal de maneira muito mais eficaz!

#Esportes #Liderança #Resiliência #Superação #Sucesso 

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CORNELIS POEL é Especialista em Resiliência e Práticas de Liderança para Times. Tem mais de 15 anos de experiência como líder de grandes multinacionais e um relevante histórico de resiliência e superação, por ter vencido várias doenças graves, um transplante de fígado e ainda ter se tornado triatleta.

É esse background, aliado à sólida formação acadêmica - é Doutor (PhD) - que ele leva às suas Palestras, Workshops, Mentorias e Consultorias.

Para saber mais sobre CORNELIS POEL e como ele pode ajudar sua empresa em temas de liderança, resiliência, superação de metas desafiadoras, engajamento e produtividade, entre outros, clique aqui: www.cornelispoel.com.br  

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